você ja viu uma pessoa indignada?

você ja viu uma pessoa indignada?

VOCÊ JA VIU UMA PESSOA INDIGNADA?

         Você já viu uma pessoa indignada? O emocional de qualquer um pode ser abalado em situações aparentemente simples. 

        Era sexta-feira, o dia estava acabando e naquele período de pandemia precisei levar a secretária do setor, uma senhora de meia idade, para sua casa.

         No meio do caminho me deparei com uma situação que normalmente, não abalaria meu emocional.

         Mas naquele dia, naquela hora, naquele instante. Não tinha como não ter ficado deveras muito revoltado.

         Do local de onde parei até onde deveria estacionar o carro eram mais ou menos uns 15 quilometro de distância.

         O trajeto foi por uma estrada rural, além disso passava por uma grande reforma e a vizinhança não era conhecida.

         Por isso, os momentos seguintes trouxeram algumas lições muito importantes para o resto de minha vida.

         Em tempo de pandemia, para tentar proteger os mais próximos, simples atitudes faziam diferença e nos deixavam com a sensação de dever cumprido.

         Pois bem, hoje vou falar um fato acontecido nos dias de 2020. Aquele momento de pandemia trouxe uma bela história e 4 reflexões.

        Acompanhe o texto até o final e tire suas conclusões.

A pandemia, uma história e 4 Reflexões.

A Pandemia.

         Logo no início da fatídica pandemia, os rumores a respeito do vírus tratava o covid19 como facilmente transmissível e, por isso, a ideia divulgada trazia a premissa de isolamento total.

         A consumação deste pensamento não obteve apoio como esperado e ouve muita discussão sobre a situação.  

         Até aquele momento, não sabíamos nada a respeito só especulação do tal covid 19. Também não existia uma data segura para a vacina que ainda estava em fase de estudos. Infelizmente, para muitos o covid foi letal e medidas drásticas precisaram ser tomadas. 

         Contudo, este não é o objetivo do texto, mas sim, compartilhar algumas reflexões durante aquele momento sinistro na pandemia.

         Era o início do mês de Abril, quando uma discussão amigável tomou conta em nosso setor. 

        Já sabíamos a respeito do decreto envolvendo o transporte público.

         Por este motivo, sentíamos medo pelos usuários dos busãos.

         Entendíamos o risco da infecção para quem precisasse passar algum tempo fechado nestes transportes e isto trazia um enorme incomodo a todos

         Sendo assim, decidimos tomar uma atitude para ajudar nossa colega, a única do setor que necessitava de tal condução.

      Como bons amigos nos colocamos à disposição para leva-la até sua casa.

         No primeiro instante a ideia também era buscá-la, mas como ela não se sentiu confortável, ficamos apenas com o transporte de retorno.

         Enfim, tudo acertado, iniciamos a tarefa de levá-la todos os dias após o horário de trabalho.

         E em um destes momentos, ou melhor, em um destes dias aconteceu o fato que você confere a seguir.

A pandemia, uma história e 4 Reflexões.

A História no meio do surto.

         Normalmente o trajeto era feito por uma estrada rural.

         Em primeiro momento, a rota mais rápida era seguindo sempre a esquerda, passando por uma bifurcação conhecida na região.

         Contudo, num belo dia a passageira comentou que o melhor caminho seria entrar a direita, no ponto dito acima.

         Não vi resultado diferente ao fazer o teste, mas para deixá-la confortável aprovei a dica.

         Entretanto, naquele caminho desenrolava-se um trabalho recente de pavimentação.

         O Intuito era asfaltar a região e, isso trouxe todos os tipos de pedra para aquele lugar.

         Já havia acontecido de furar o pneu de outro carro ao fazer este trabalho, mas não nesse trajeto.

         Ainda assim, sempre existem momentos para lembrarmos em nossa vida. 

         Se são bons ou ruins, cabe a cada um decidir.    

         Nesse dia em questão, o pneu do veículo que usei o dia todo, encontrava-se murcho.

         Sendo assim, para transportar a secretária, peguei outro automóvel que estava à disposição.

         Uma saveiro em perfeito estado, ainda com cheirinho de carro novo e pneus calibrados. Um excelente veículo para o transporte.

        Fomos tranquilamente, e sem nem um problema.

        Entreguei a jovem senhora em sua casa, e tomei o caminho de volta para o mais rápido possível deixar o carro no pátio e seguir para a minha casa.

         Até aí tudo caminhava como um dia qualquer.

        Parecia um ponteiro de relógio de tão perfeito. Mas,…

       Havia uma pedra no meio do caminho.

No meio do nada…

         Na metade da viajem de retorno percebi algo estranho com a direção da saveiro.

         O volante ficou mais pesado, muito mais pesado trazendo perigo a condução do veículo.

         Estava a uns dois quilômetros do asfalto mais próximo, e senti que devia parar para averiguar a situação deste repentino excesso de peso.

         Pra minha surpresa o pneu do lado esquerdo traseiro furou ao passar por uma pedra ponte aguda – Foi o que imaginamos.

         Devia ter furado a um bom tempo e só percebi quando ficou pesado. Neste instante, já encostava a roda no chão, por isso, a sensação estranha no volante.

         Começava naquele momento, quase as 18:00 hrs,  uma interessante aventura  e o emocional começava a ser testado .

         Deveria ser um dia normal de traslado movido pelo cuidado e companheirismo com a colega de trabalho.

         Contudo, naquela sexta-feira, não era 13, próximo das seis da tarde, vivi algo muito diferente e o momento de fúria chegou.

         Enfim, ao perceber que o pneu já era, pensei em trocá-lo. A partir daí, o primeiro passo foi procurar o estepe e tentar resolver o mais rápido possível o impasse.

         Entretanto, iniciamos neste interim uma série de aprendizados.

         E ainda como primeiro passo, precisei aprender naquele dia onde encontrava-se o estepe naquele modelo de veículo e, segundo, como tirá-lo para só então resolver o problema.

            E preciso confessar, a coisa ficou um pouco pior. 

         Na saveiro, o pneu reserva fica alojado embaixo da carroceria.

         Para tirá-lo, você precisa abaixar o tampo por onde se carrega o veículo e por ali achar um parafuso que sustenta o suporte do estepe.

         É preciso apanhar uma chave tipo em “L” que deve achar-se junto ao macaco hidráulico, e girá-la em sentido anti-horário para conseguir baixar o pneu.

A pandemia, uma história e 4 Reflexões.

A chave…

    O problema começava justamente neste ponto. Pois,

  • achei o macaco para levantar o veículo,
  • achei a chave para acionar o macaco,
  • mas não encontrei a chave para tirar o bendito estepe da saveiro.

         Isto corresponde a dizer o óbvio.

         Não existia a possibilidade de realizar a troca do pneu.

        Antes que vocês pensem em uma possível tranquilidade, cobras e lagartos já haviam saído da boca. 

         E pasmem vocês, a aventura estava apenas começando.

  • Não achei a chave para realizar o tal procedimento,
  • Por isso não conseguia sair daquele lugar e voltar para casa.
  • E como não bastasse, estava em um local onde é natural não ter sinal para o celular.

         Isto quer dizer que deveria caminhar alguns minutos, ou quilômetros, para encontrar um lugar com sinal para realizar qualquer chamada.

           Pude gritar, esbravejar, xingar, falar horrores e ninguém testemunhou nada.  

         O problema, não estava só nesta situação, o grande desafio consistia no seguinte fato hilário.

Celular quebrado

O Celular….

   Naquele dia, pra ter um pouco mais de emoção, não havia levado o celular para o trabalho, e o motivo era muito simples.

         A alguns dias antes, outro evento sinistro cruzou meu caminho.

         De repente o meu aparelho, supernovo, encontrou-se com o chão após saltar voluntariamente de minha mão(rsrsrsrsrs).

         Obviamente o visor do celular ficou uma coisa bizarra.

         Não dá para explicar o tanto de risco.

         Alguns ousam dizer que fiz um trabalho artístico tipo pátina. Sei lá.

         Por fim,

  • achava-se sem celular
  • bem no meio do interior,
  • com pneu do carro furado
  • sem a bendita chave para tirar o estepe do veículo e trocá-lo.

          Estava muito indignado com a situação, com muita raiva, com o emocional a mil.

         Estes eram alguns ingredientes para esta história acontecer.

         E acredite não estou aumentando nem um pouquinho.

         O único jeito depois de ter chegado a este impasse, foi acalmar, respirar fundo e pedir ajuda.

Botequim

Onde buscar socorro…

         Como estava a uns dois quilômetros de um bar muito conhecido na região.

         Tomei a atitude de descer com o carro até o lugar para dali fazer uma ligação pedindo socorro.

         Me dirigi até o bar do Juca mesmo com o pneu na lona, não havia outro jeito.

         Ao chegar lá, encontrei mais um entrave.

         Era época de pandemia, lembra?

         Pois então, o bar estava fechado, por decreto estadual e municipal.

         Naquele momento, somente lanchonete, farmácias, supermercados poderiam ficar de portas abertas.

         O estado estava quase em lockdown, e por mais um momento meu dia ficou muito interessante.

         Entretanto não havia outra alternativa, precisava incomodar a pessoa vizinha do tal botequim.

         Como não frequentava o estabelecimento, não tinha noção de que o vizinho, era o próprio dono do boteco.

         E como um excelente botequeiro, foi muito hospitaleiro e me ajudou sem nem um problema, apesar de nunca ter me visto por aquelas bandas.

         Mesmo passando em frente quase todos os dias, nunca parei para conversar, ou tomar qualquer coisa.

         Enfim, seu Juca, ouviu minha história e prontamente, emprestou seu aparelho de telefone para que eu pedisse socorro.

         A pessoa que eu deveria chamar era meu parceiro de trabalho. Meu nobre colega.

         Porém mais um detalhe para melhorar a história.

         Não sei quanto a você, mas depois do advento celular, dificilmente guardo o número de telefone de alguém.

         Pra não dizer que não sei o número de ninguém, lembro-me vagamente do celular da patroa, nem do meu menino sei qual é.

         E neste momento, com o pneu do carro furado, isto é uma constatação que trás uma sensação muito ruim, você não consegue imaginar.

Pedindo ajuda

A Ajuda…

          A alternativa, foi fazer contato com minha esposa que estava com meu celular quebrado em casa.

          Pedir para ela ligar para meu colega e assim esperar tranquilo refletindo nos acasos dentro da pandemia.

         Isto feito, mais ou menos uns 30 a 40 minutos, o socorro chegou até o lugar onde estava. 

         Assim que meu nobre parça chegou ao boteco do Juca, com uma rápida avaliação constatou não haver como tirar o estepe sem a tal chave.

         Mas este perrengue foi resolvido de forma rápida. Meu parça, emprestou o pneu reserva de seu carro para colocar na saveiro.

         Feito isto, graças a Deus consegui retornar. Deixei o veículo no pátio sem maiores problemas, voltei pra casa e esperei o fim de semana.

Lições de Vida

Lições de vida…

  1. Algumas situações acontecerão mesmo que você tome todo o cuidado da vida. Quando tem que acontecer irá acontecer e ponto. No meu caso, trocar de veículo por causa de pneu murcho não adiantou em nada.  
  1. Algumas pessoas são tão hospitaleiras que nos deixam constrangidos com a disposição para ajudar. Foi o caso do dono do boteco e de meu colega de trabalho.
  1. Algumas atitudes devem ser evitadas. Nunca saia de casa sem ter como se comunicar. Principalmente se sair rumo ao interior, em direção a um caminho com obstáculos ponte agudos e com pouca vizinhança. Você também merecerá o troféu Joinha.

        Este tipo de circunstância pode acontecer com qualquer um, em qualquer momento e em qualquer lugar.

          Por isso, ainda no mesmo tópico;

  • Tornar-se incomunicável pode ser a vontade de muitos, mas em alguns momento da vida será preciso estabelecer contato com alguém, não há como fugir disso.

        E caminhando para o fim, aprendi uma última lição após chegar ao local onde ficam os veículos. Logo abaixo do banco do carona, encontrei a tal chave para baixar o estepe.

        Isso nos remete a quarta lição

  • Conhecer o instrumento de trabalho é de suma importância. Você concorda?

        Diante de tudo isso, é possível perceber que o emocional de uma pessoa pode se abalar por situações simples e pontuais.

       Passamos por sentimento como o de dever cumprido, para momentos de fúria e indignação até novamente nos sentirmos acolhidos.

       Cenário onde as emoções brincam como em uma gangorra ao ponto de nos fazer perder a razão. Nesse contexto, buscar um norte é o ideal.

         Trocar o carro ou o pneu, saber ou não aonde está a chave ou conhecer bem o caminho muitas vezes não importa.

         Importa sim é ter alguém pra pedir socorro, alguém para ligar e alguém para te socorrer nos momentos de caos.

         E nesse caso, além de Deus, preciso agradecer

  • a minha esposa,
  • ao botequeiro
  • e a meu colega.

        Pessoas que estiveram ao meu lado em uma tarde de muitas emoções.

           Obrigado por chegar até aqui.

         Hoje, eu compartilhei com você esse momento com 4 reflexões tiradas de uma experiência em uma sexta-feira à tarde no ano de 2020.

  • Quando tem que acontecer irá acontecer e ponto.  
  • Existem pessoas boas e hospitaleiras.
  • Não se torne incomunicável.
  • Conheça seu instrumento de trabalho.

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Forte Abraço.

FJRocha.

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